Capítulo 2
Roger
acordou e aos poucos foi abrindo os olhos, ainda desorientado e quase sem forças.
Com dificuldade olhou ao redor e percebeu que estava só, deitado num quarto de
hospital. Imediatamente Roger reconhecera que aquele era o principal, e único,
hospital de sua cidade. Por diversas vezes Roger foi arrastado para lá, devido
a quedas que sofria, ele era muito desatento, e um acidente era quase sempre
iminente.
Apesar
disso, ele odiava ir ao hospital, e não demorou para que ele tentasse levantar
da cama e fugir dali, não era a primeira vez que fazia isso, ele já era um
profissional.
Se sentindo
fraco, mas com muita coragem, ele esgueirou-se pelos corredores do hospital,
que por sinal estavam estranhamente diferentes, mais novos, como se o prédio
tivesse passado por uma reforma. Entretanto, isso não o impediu de se esconder
dos enfermeiros e médicos que passavam distraídos conversando entre si. Aos
poucos Roger via cada vez mais perto a porta de saída.
Ao
abrir a porta do hospital e olhar para a cidade, Roger levou um susto,sem
entender o porque de sua cidade estar diferente, com prédios novos, e lugares
reformados, com nova aparência, só as ruas que ainda mantinham suas formas. Deixando
isso de lado, e com medo de ser pego, ele dispara em direção de sua casa,
ofegante, e se sentindo um cansaço que tomava seu corpo cada vez mais rápido.
Roger
entrou na sua de sua casa e ao avistá-la viu, que como os outros locais, ela
também havia mudado, mas ficou feliz ao ver de longe, sua namorada em pé, no
jardim.
Quanto
mais ele se aproximava, mais diferente ela ficava, ela o avistou e veio em sua
direção, ele começou a sentir uma enorme fraqueza e já não conseguindo
resistir, ele caiu, e antes de desmaiar, pode ver uma outra Mônica sair de
dentro de sua casa e também vir em sua direção.
Roger
acordou numa sala toda branca, tudo ali era branco, inclusive suas roupas,
haviam corredores por todos os lados, todos brancos, e um subito desespero
despertou em Roger.
-
Alguém está aí? – Gritou Roger – Alguém?
Ouvia-se
apenas seus ecos e nada mais, foi então que ele começou a correr desperadamente
em somente uma direção, sabendo que aquilo uma hora iria terminar, corredores
passavam rapidamente a sua volta, mas tudo era branco, tudo era igual. Ele
parou ofegante e ao olhar em volta, ele percebeu que não havia saído do lugar.
Foi
então que ao longe ele viu uma esperança, Mônica estava se aproximando dele, ao
longe ele podia reconhcer seu rosto angelical pelo qual se apaixonara. Ela
chegava cada vez mais perto, mais perto, mas ela já não era mais a Mônica, era
uma pessoa diferente, na verdade, nem
uma pessoa se parecia, um monstro horrívelaproximava-se, talvez até, um zumbi.
Roger saiu correndo deste monstro, mas foi aí que ele percebeu, que aquilo era
um sonho, e começou a se lembrar do que ocorrera antes com ele, aquilo também
deveria ser um sonho, e numa tentativa desesperada, ele tentou acordar. Tudo
começou a embassar e ele começou a cair.
Ele deu
um pulo na cama, e se sentiu aliviado por acordar, ele tentou olhar para os
lados e não conseguia ver nada, sua visão embaçada o impedia de enxergar o que
estava a sua volta, só conseguia enxergar um lugar de paredes claras e várias
pessoas a sua volta, uma certeza ele tinha, ele não estava em seu quarto.
Aos
poucos sua visão melhorava e ele via as silhuetas de pessoas se transformarem
em rostos conhecidos, reconheceu sua mãe, seu pai, Mônica todos com feições
mais velhas, e ainda ao seu lado tinha mais uma pessoa,uma garota, que se não
fossem alguns traços, poderia jurar que ela sim fosse a Mônica, mas não podia,
como duas Mônicas estavam em pé ao seu lado, uma versão jovem e outra mais
velha, com uns 34 anos de idade.
Ele
virou para a “Mônica jovem “.
- Quem
é você?
- Sou
Jenifer.
A
“Mônica velha” se aproximou da outra, e então disse a Roger.
-
Roger, esta é Jenifer, ela tem 17 anos e é sua filha.
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